Augusto dos Anjos
25 de abril de 2011 by Natassia in Assuntos: , , , , ,

Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu no Engenho Pau d'Arco, Paraíba, no dia 20 de abril de 1884. Aprendeu com seu pai, bacharel, as primeiras letras. Fez o curso secundário no Liceu Paraibano, já sendo dado como doentio e nervoso por testemunhos da época. De uma família de proprietários de engenhos, assiste, nos primeiros anos do século XX, à decadência da antiga estrutura latifundiária, substituída pelas grandes usinas. Em 1903, matricula-se na Faculdade de Direito do Recife, formando-se em 1907. Ali teve contato com o trabalho "A Poesia Científica", do professor Martins Junior. Formado em direito, não advogou; vivia de ensinar português. Casou-se, em 04 de julho de 1910, com Ester Fialho. Nesse ano, em conseqüência de desentendimento com o governador, é afastado do cargo de professor do Liceu Paraibano. Muda-se para o Rio de Janeiro e dedica-se ao magistério. Lecionou geografia na Escola Normal, depois Instituto de Educação, e no Ginásio Nacional, depois Colégio Pedro II, sem conseguir ser efetivado como professor. Em 1911, morre prematuramente seu primeiro filho. Em fins de 1913 mudou-se para Leopoldina MG, onde assumiu a direção do grupo escolar e continuou a dar aulas particulares. Seu único livro, "Eu", foi publicado em 1912. Surgido em momento de transição, pouco antes da virada modernista de 1922, é bem representativo do espírito sincrético que prevalecia na época, parnasianismo por alguns aspectos e simbolista por outros. Praticamente ignorado a princípio, quer pelo público, quer pela crítica, esse livro que canta a degenerescência da carne e os limites do humano só alcançou novas edições graças ao empenho de Órris Soares (1884-1964), amigo e biógrafo do autor.

Cético em relação às possibilidades do amor ("Não sou capaz de amar mulher alguma, / Nem há mulher talvez capaz de amar-me"), Augusto dos Anjos fez da obsessão com o próprio "eu" o centro do seu pensamento. Não raro, o amor se converte em ódio, as coisas despertam nojo e tudo é egoísmo e angústia em seu livro patético ("Ai! Um urubu pousou na minha sorte"). A vida e suas facetas, para o poeta que aspira à morte e à anulação de sua pessoa, reduzem-se a combinações de elementos químicos, forças obscuras, fatalidades de leis físicas e biológicas, decomposições de moléculas. Tal materialismo, longe de aplacar sua angústia, sedimentou-lhe o amargo pessimismo ("Tome, doutor, essa tesoura e corte / Minha singularíssima pessoa"). Ao asco de volúpia e à inapetência para o prazer contrapõe-se porém um veemente desejo de conhecer outros mundos, outras plagas, onde a força dos instintos não cerceie os vôos da alma ("Quero, arrancado das prisões carnais, / Viver na luz dos astros imortais").
A métrica rígida, a cadência musical, as aliterações e rimas preciosas dos versos fundiram-se ao esdrúxulo vocabulário extraído da área científica para fazer do "Eu" — desde 1919 constantemente reeditado como "Eu e outras poesias" — um livro que sobrevive, antes de tudo, pelo rigor da forma. Com o tempo, Augusto dos Anjos tornou-se um dos poetas mais lidos do país, sobrevivendo às mutações da cultura e a seus diversos modismos como um fenômeno incomum de aceitação popular. Vitimado pela pneumonia aos trinta anos de idade, morreu em Leopoldina em 12 de novembro de 1914.

Texto retirado do site Releituras

Natassia

Despedida do trema
by Natassia in Assuntos: , , , , ,



Estou indo embora. Não há mais lugar para mim. Eu sou o trema.Você pode nunca ter reparado em mim, mas eu estava sempre ali, na Anhangüera, nos aqüiféros, nas lingüiças e seus trocadilhos por mais de quatrocentos e cinqüenta anos.

Mas os tempos mudaram. Inventaram uma tal de reforma ortográfica e eu simplesmente tô fora. Fui expulso pra sempre do dicionário. Seus ingratos! Isso é uma delinqüência de lingüistas grandiloqüentes!...

O resto dos pontos e o alfabeto não me deram o menor apoio... A letra U se disse aliviada porque vou finalmente sair de cima dela. Os dois pontos disseram que eu sou um preguiçoso que trabalha deitado enquanto ele fica em pé.

Até o cedilha foi a favor da minha expulsão, aquele C cagão que fica se passando por S e nunca tem coragem de iniciar uma palavra. E também tem aquele obeso do O e o anoréxico do I. Desesperado, tentei chamar o ponto final pra trabalharmos juntos, fazendo um bico de reticências, mas ele negou, sempre encerrando logo todas as discussões. Será que se deixar um topete moicano posso me passar por aspas?... A verdade é que estou fora de moda. Quem está na moda são os estrangeiros, é o K, o W, "Kkk" pra cá, "www" pra lá.

Até o jogo da velha, que ninguém nunca ligou, virou celebridade nesse tal de Twitter, que aliás, deveria se chamar TÜITER. Chega de argüição, mas estejam certos, seus moderninhos: haverá conseqüências! Chega de piadinhas dizendo que estou "tremendo" de medo. Tudo bem, vou-me embora da língua portuguesa. Foi bom enquanto durou. Vou para o alemão, lá eles adoram os tremas. E um dia vocês sentirão saudades. E não vão agüentar!...

Nos vemos nos livros antigos. Saio da língua para entrar na história.

Adeus.

Trema

Retirado do blog UATI em ação

Nove motivos para ler
22 de abril de 2011 by Natassia in Assuntos: , , , ,

 
Existem vários porquês da importância da leitura! Todo mundo sabe que ler é essencial, mas a maioria acha muito difícil!

Com o intuito de despertar seu interesse pela leitura, vejamos alguns motivos pelos quais você deva começar ou continuar a ler:

1. Entendimento: uma boa leitura leva a pessoa ao entendimento de assuntos distintos. Afinal, o que é entender senão compreender, perceber. Como você saberá conversar sobre determinado tema se não tem percepção ou se não o compreende?

2. Cultura: através da leitura temos possibilidade de ter contato com várias culturas diferentes. Sabemos como determinado povo se comporta, os motivos pelos quais agem de forma distinta da nossa. Além disso, compreendemos melhor o outro quando passamos a saber a história de vida que o cerca. Consequentemente, lidamos melhor com quem é diferente de nós e não temos uma opinião pobre e geral das circunstâncias.

3. Reflexivos: lendo, nos tornamos reflexivos, ou seja, formamos uma ideia própria e madura dos fatos. Quando temos entendimento dos vários lados de uma mesma história, somos capazes de refletir e chegar a um consenso, que nos traz crescimento pessoal.

4. Conhecimento: através da leitura falamos e escrevemos melhor, sabemos o que aconteceu na nossa história, o porquê de nosso clima e do idioma que falamos, dentre muitas outras possibilidades.

5. Leitura dinâmica: quem lê muito, começa a refletir mais rápido. Logo, adquire mais agilidade na leitura. Passa os olhos e já entende sobre o que o texto está falando, a opinião do escritor e a conclusão alcançada.

6. Vocabulário: esse item é fato, pois quem lê tem um repertório de vocábulos muito mais avançado do que aquele que não possui essa prática.

7. Escrita: com conhecimento, reflexão e vocabulário é óbvio que o indivíduo conseguirá desenvolver seu texto com muito mais destreza e facilidade. Quem lê, se expressa bem por meio da escrita.

8. Diversão: sim, a leitura promove diversão, pois quem lê é levado a lugares que não poderia ir “com as próprias pernas”.

9. Informação: através da leitura ficamos informados sobre o que acontece no mundo e na nossa região. A leitura informativa mais usual é o jornal impresso.

Essa entrada foi postada no blog "Alfa Beta news"

Natassia

História da Literatura Brasileira - fotos
by Natassia in Assuntos: , , , , , , , ,

Quinhentismo - Literatura de Informação 

O quadro "A primeira missa no Brasil", de Victor Meirelles (1832-1903), retrata, segundo a imaginação do autor, um dos fatos descritos por Pero Vaz de Caminha em sua carta ao rei de Portugal. A carta de Caminha marca o início da literatura brasileira, período em que vários navegantes escreveram sobre as terras recém-descobertas. Mais


Barroco
A imagem é uma composição do retrato do Padre Vieira - um dos principais representantes da literatura barroca - e da folha de rosto da primeira edição de seus sermões, obra que tornaria Vieira imortal, não apenas como pregador, mas principalmente como autor da língua portuguesa. Mais


Arcadismo - Neoclassicismo

O período do ciclo do ouro fez surgir no Brasil uma confluência de estilos artísticos. Na pintura e na arquitetura, o Barroco predominava (como se vê na imagem, no teto da igreja de São Francisco, em Ouro Preto, pintado por Mestre Ataíde). Na literatura, sob influência dos iluministas, nascia o Arcadismo (ou Neoclassicismo. Mais


Romantismo

Um dos temas mais caros ao Romantismo brasileiro: o índio, que é concebido como um símbolo do país. A tela é Iracema, de José Maria de Medeiros. O romantismo no Brasil encontrou no "mito do bom selvagem" uma maneira de enaltecer a cultura nacional. A produção com temática indígena ficou conhecida como "romance indianista". Mais 


Realismo

O paulista Almeida Júnior (1850-1899) é um dos pintores do Realismo brasileiro, movimento artístico que procurou retratar a realidade, sem qualquer idealização. "O Descanso do Modelo" (acima) é um óleo sobre tela, realizado pelo artista em 1882. A obra integra o acervo do Museu Nacional de Belas Artes (RJ). Mais


Naturalismo

O francês Émile Zola foi o grande modelo dos escritores naturalistas em todo o mundo. Além de romancista, Zola se destacou como polemista, ao escrever a carta "J'accuse..!", em que se manifesta sobre o caso Dreyfus, que abalou a França no final do século 19, com a injusta condenação de um militar do país por um suposto ato de traição à pátria. Mais


Parnasianismo

O quadro "Apolo e as Musas no Parnaso, de Nicolas Poussin, apresenta o cenário mitológico em que vivia o deus da luz e da beleza, cercado pelas deusas da literatura e da arte. O monte Parnaso, que existe de fato e se eleva a 2.400 metros de altitude, no centro da Grécia, foi tradicionalmente associado à poesia no mundo todo. Mais


Simbolismo

Filho de escravos, Cruz e Sousa, a maior expressão do Simbolismo no Brasil, participou do movimento abolicionista. Parte de sua obra poética, de caráter subjetivista, traduz justamente a angústia existencial do negro. A gravura de Rugendas e os anúncios de escravos fugidos (acima) refletem as agruras da vida sob a escravidão. Mais


Pré-Modernismo
A capa da revista "O Malho" refere-se à citação de Rui Barbosa ao personagem Jeca Tatu, do escritor Monteiro Lobato. Com ele, o autor de "Urupês" e "Cidades Mortas" denunciava o atraso em que vivia o sertanejo brasileiro. O Pré-Modernismo, período a que pertence Lobato, caracteriza-se pela denúncia de problemas sociais do país. Mais


Modernismo

Na contracapa da revista modernista "Klaxon" - em que colaboraram Mário de Andrade, Manuel Bandeira e Oswald de Andrade -, o anúncio de uma fictícia Fábrica Internacional de Sonetos, Baladas e Quadrinhas é uma sátira à poesia convencional feita de acordo com rígidos padrões de métrica, ritmo, estrofação e rima. Mais

Álbum publicado no site UOL no dia 16.10.09
Retirado do blog Papo de Magistra

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Apesar de
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“Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente."



Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres.

Clarice Lispector

Dia internacional do livro
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O Dia Internacional do Livro teve a sua origem na Catalunha, uma região semi-autônoma da Espanha.
A data começou a ser celebrada em 7 de outubro de 1926, em comemoração ao nascimento de Miguel de Cervantes, escritor espanhol. O escritor e editor valenciano, estabelecido em Barcelona, Vicent Clavel Andrés, propôs este dia para a Câmara Oficial do Livro de Barcelona.
Em 6 de fevereiro de 1926, o governo espanhol, presidido por Miguel Primo de Rivera, aceitou a data e o rei Alfonso XIII assinou o decreto real que instituiu a Festa do Livro Espanhol.
No ano de 1930, a data comemorativa foi trasladada para 23 de abril, dia do falecimento de Cervantes.
Mais tarde, em 1996, a UNESCO instituiu 23 de abril como o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor, em virtude de a 23 de abril se assinalar o falecimento de outros escritores, como Josep Pla, escritor catalão, e William Shakespeare, dramaturgo inglês.
No caso do escritor inglês, tal data não é precisa, pois que em Inglaterra, naquele tempo, ainda utilizava o calendário juliano, pelo que havia uma diferença de 10 dias apara o calendário gregoriano usado em Espanha. Assim Shakespeare faleceu efectivamente 10 dias depois de Cervantes.

Retirado do Wikipédia

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Internet desperta para o prazer de ler, diz pedagoga
18 de abril de 2011 by Natassia in Assuntos: , , , , ,

Entrevista com Cybele Meyer, psicóloga e autora do livro 'Menina Flor'

Suzane G. Frutuoso - Jornal da Tarde

 
 
 

A internet é capaz de despertar o interesse pela leitura?
Sim. Os jovens leem e escrevem muito na internet, abrindo um canal para a leitura de livros no papel. Infelizmente, as pessoas têm o hábito de querer substituir e não somar. Quando surgiu a TV, disseram que era o fim do rádio e do cinema. E com o passar do tempo o que vemos foi que a televisão é mais um recurso para o entretenimento das pessoas.


O jovem está lendo mais?
O jovem de hoje lê muito mais do que o jovem de décadas passadas. Ele iniciou o hábito com a internet de forma motivadora, sem imposição. No passado, a leitura era imposta de forma punitiva. Aquele que não soubesse falar sobre determinado clássico tiraria nota baixa. Ele era obrigado a ler os livros que o professor indicava, normalmente clássicos com linguagem erudita, se deparando com inúmeras palavras que não conhecia, gerando uma "repulsa" pela leitura em geral. Agora, o jovem lê toda a coleção do Harry Potter sem que ninguém precise mandar.


Muitas bibliotecas estão disponibilizando livros mais populares, como os de autoajuda. Isso é bom?
A pessoa que procura um livro de autoajuda está querendo se tornar uma pessoa melhor. E essa é a principal intenção do livro: acrescentar algo em sua vida e te levar à reflexão. Quem se torna leitor vai navegar em outros mares para formar sua opinião. Quem inicia a leitura pela autoajuda vai abrindo para outros focos à medida que se sentir motivada para isto.


Adultos podem começar a gostar de ler sem nunca terem esse incentivo desde cedo?
Sim. Acredito mesmo nisso e já presenciei vários exemplos de mulheres que, tendo os filhos criados e lhe sobrando mais tempo para fazer o que gosta, leem muito tentando recuperar o tempo perdido. O incentivo à leitura é válido para qualquer idade.


Quais são os benefícios para quem desenvolve o hábito de ler, tanto na vida pessoal quanto na vida profissional?
Nos livros o leitor enxerga lugares, pessoas, situações que muitas vezes não teria oportunidade de vivenciar no seu cotidiano. O hábito da leitura faz com que a pessoa passe a se expressar melhor tanto na linguagem oral quanto na escrita. Seu vocabulário aumenta e seu raciocínio é estimulado. O melhor é que todas estas mudanças são espontâneas.

Entrevista retirada do site Estadão.br 17.04.11

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Hino nacional brasileiro
12 de abril de 2011 by Natassia in Assuntos: , , , , ,

…os hinos nacionais tentam refletir a união e glorificar a história e as tradições do país.

       
A música do hino é de Francisco Manuel da Silva. Em 1831, tornou-se popular com versos que comemoravam a abdicação de Dom Pedro I. Posteriormente, à época da coroação de Dom Pedro II. sua letra foi trocada e a composição, devido a sua popularidade, passou a ser considerada como o hino nacional brasileiro, embora não tenha sido oficializada como tal. Após a proclamação da Republica os governantes abriram um concurso para a oficialização de um novo hino, ganho por Leopoldo Migues. Entretanto, com as manifestações populares contrárias à adoção do novo hino, o presidente da República, Deodoro da Fonseca, oficializou como Hino Nacional Brasileiro a composição de Francisco Manuel da Silva, estabelecendo que a composição de Leopoldo Migues seria o Hino da Proclamação da Republica. Durante o centenário da Proclamação da Independência em 1922, finalmente a letra escrita pelo poeta e jornalista Joaquim Osório Duque Estrada tornou-se oficial. A orquestração do hino é de Antônio Assis Republicano, e sua instrumentação para banda é do tenente Antônio Pinto Junior. A adaptação vocal foi feita por Aberto Nepomuceno e é proibida a execução de quaisquer outros arranjos vocais ou artístico instrumentais do hino.
      O Hino Nacional Brasileiro foi adquirida por 5:000$ cinco contos de réis a propriedade plena e definitiva da letra do hino pelo decreto n.º 4.559 de 21 de agosto de 1922 pelo então presidente Epitácio Pessoa e oficializado pela lei n.º 5.700, de 1 de setembro de 1971, publicada no Diário Oficial de 2 de setembro de 1971.
      A partir de 22 de setembro de 2009, o hino nacional brasileiro tornou-se obrigatório em escolas públicas e particulares de todo o país. Ao menos uma vez por semana todos os alunos do ensino fundamental devem cantá-lo.



Retirado do blog AlfaBeta News

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Linguagem Literária e Linguagem não Literária
8 de abril de 2011 by Natassia in Assuntos: , , , ,



Linguagem é a expressão do pensamento por meio de palavras. É qualquer meio de exprimir o que se sente ou pensa. É conjunto de sinais, visuais ou fonéticos, através dos quais se estabelece a comunicação.

E o que é linguagem literária?
A linguagem literária é caracterizada por múltiplos significados que uma palavra pode assumir em um texto, muitas vezes utilizada com um sentido diferente daquele que lhe é comum.

Exemplos: o conto, o poema, o romance, novelas, crônicas.

A linguagem não-literária é a utilizada com o seu sentido comum, aquilo que as palavras ou as coisas querem dizer. É a linguagem dos textos informativos, jornalísticos, científicos, técnicos etc.


Retirado do site Amigos do Livro

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O Auto da Barca do Inferno
by Natassia in Assuntos: , , , , , , ,



- Escrita por Gil Vicente, em Portugal, apresentada pela primeira vez em 1517.
- Gil Vicente foi o pioneiro no teatro em língua portuguesa.
- “Auto da Moralidade” – Classificado por Gil, pois julga os valores de todos os tipos sociais (personagens) antes de ir embarcar rumo ao céu (barca da Glória) ou ao inferno (barca do Diabo)
- Escrita em tom coloquial (próximo à fala da época).
- Tipos: personagens (com exceção do Anjo, o Diabo e seu companheiro) são representações de pessoas típicas da sociedade da época, sem nomes e identidade definidos.

Personagens:

Anjo: figura estática se contrapõe à alegria e ironia do Diabo.
Diabo: Conhece muito bem casa um dos personagens que serão julgados, revelando o que cada um tenta esconder. É o centro das atenções e domina a peça.
Fidalgo: Primeira alma a ir ao julgamento. Vem vestido elegantemente e acompanhado de um pajem – simboliza status. Representante da nobreza é condenado à barca do inferno por ter levado uma vida tirana cheia de luxo e pecados. Arrogante, zomba do Diabo e de seu julgamento.
Onzeneiro (Agiota – quem cobra os impostos). É ambicioso. Condenado pela ganância e avareza.
Parvo (o bobo, mas nem tanto): Pobre, chega desprovido de bens materiais. Ao perceber que o Diabo tenta levá-lo para sua barca, o Parvo xinga o diabo e vai até a barca da glória, lá diz ser ninguém e por causa da sua humildade e modéstia, vai ao céu.
Sapateiro: Leva suas ferramentas. É condenado ao inferno por roubar o povo com seu ofício e por sua falsidade religiosa.
Frade: Chega acompanhado pela amante. Não aceita a sua condenação facilmente, por representar a Igreja. Mas acaba indo ao inferno por seu falso moralismo religioso.
Brísida Vaz: Alcoviteira e feiticeira chega carregada de jóias e outras coisas. Mas é condenada por prática à feitiçaria e prostituição.
Judeu: Acompanhado de seu bode. Tenta subornar o diabo, que não o aceita, então procura a barca do céu, mas o Parvo o impede, alegando que em vida desrespeitou o Cristianismo.  Para o Judeu não ficar vagando pelo porto, o Diabo o leva.
Corregedor (Juiz): Leva consigo vários processos. Condenado ao inferno por usar o poder em benefício próprio.
Enforcado: traz a corda usada em seu enforcamento. Acredita que a condenação à morte na forca redime dos seus pecados. É condenado ao inferno por corrupção nos meios burocráticos.
Quatro Cavaleiros: mortos pelas cruzadas em defesa do Cristianismo. O fato de morrer pelo triunfo do Cristianismo garante a esses personagens uma espécie de passaporte para a glorificação.

Obra disponível para dowload no site Domínio Público. Para baixar, clique aqui.

Esta obra está na lista de livros para a FUVEST 2012


Gil Vicente

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Rosa de Hiroshima
7 de abril de 2011 by Natassia in Assuntos: , , , , ,

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada


Vinícius de Morais


Nesse dia em que estamos todos consternados com a tragédia na escola no Realengo, prestamos nossa singela homenagem a todas as vítimas e familiares, com a publicação  desse poema escrito pelo Poetinha, para lembrar do episódio das bombas nucleares em Hiroshima e Nagazaki, no Japão, durante a Segunda Guerra Mundial. O cenário não é o mesmo, mas a dor da perda e o sentimento de comoção é igual, ou até mesmo maior. 

Post retirado do blog Literatura Fascinante

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Veja como a Literatura aparece no vestibular
4 de abril de 2011 by Natassia in Assuntos: , , , , ,

As questões de Literatura procuram avaliar conteúdos específicos
 das obras, exigindo efetiva experiência de leitura
Mesmo com os livros obrigatórios listados em cada vestibular, a verdade é que é difícil adivinhar que livros e autores estarão nas provas de todo o país. Dácio Antônio de Castro, supervisor de português do cursinho paulista Anglo, deixa sua dica: "As questões procuram avaliar conteúdos específicos das obras, exigindo efetiva experiência de leitura e, sobretudo, reflexão crítica sobre os temas evocados. São ainda frequentes questões intertextuais: relação de textos entre diferentes autores", diz.
 
A equipe de literatura do curso pré-vestibular destaca que os movimentos literários no Brasil e em Portugal merecem atenção dos vestibulandos. Segundo os professores, os candidatos estarão bem preparados se souberem dominar os traços estéticos e ideológicos de cada movimento literário, seus respectivos contextos histórico-culturais e os autores mais representativos de cada época literária e suas marcas estilísticas.
 
Os professores de literatura do Anglo apostam em oito autores como questão certa dentro dos movimentos literários. São eles: Manuel Antônio de Almeida e José de Alencar, no Romantismo; Eça de Queirós e Machado de Assis, no Realismo; e Fernando Pessoa, Graciliano Ramos, Carlos Drummond de Andrade e Guimarães Rosa, no Modernismo.
 
Além disso, alguns vestibulares definem previamente as obras para leitura. Segundo Castro, os textos selecionados também oferecem suporte para excelentes questões de gramática e de texto. Os estudantes devem se centrar na compreensão do enredo de cada obra, nos procedimentos construtivos das obras, nos aspectos semânticos do texto e no estilo particular dos gêneros de cada livro.

Retirado do site Terra Educação

Natassia



Todos os brasileiros seguem uma rotina, para poder ser alguém na vida, rotina essa que segue o seguinte roteiro, pré-escola para aprender a conviver em turma e ter os conceitos básicos de aprendizagem, ensino fundamental para receber o aprendizado fundamental para todo ser humano que ler escrever, calcular e interpretar, após essa fase vem o ensino médio que é o meio do caminho entre o necessário para sobreviver e o necessário para viver, no ensino médio as pessoas revisam tudo o que foi visto nos 8 anos anteriores e se preparam para o que será visto nos próximos quatro, após três anos de estudo encerra-se este ciclo e vem a preparação para o próximo, o ensino superior a faculdade e temido vestibular. É até estranho pensar que 10 anos de estudos dependem de cinco horas e uma prova para entrar na faculdade, mas não é necessário ter medo do vestibular, a melhor maneira de passar por ele sem se preocupar é estudando, um bom lugar para começar os estudos é lendo muito, todos os anos são divulgadas listas com obras literárias que irão auxiliar o vestibulando nas questões, os títulos são sempre muito conhecidos, de escritores famosos. Se você está prestes a prestar vestibular preste atenção aos títulos mais freqüente e comece a ler para garantir uma boa nota e fazer valer todos os anos que você sofre dentro de uma sala de aula.

Alguns dos livros mais freqüentes em provas de vestibular são: Memórias de um Sargento de Milícias, Iracema, Dom Casmurro, Vidas Secas, Grande Sertão Veredas, A Hora da Estrela, Auto da Barca do Inferno, Esaú e Jacó, Memórias Póstumas de Braz Cubas, Vestido de Noiva são os que mais caem nessas provas que valem tanto, agora se você não vai prestar vestibular nenhum, vale à pena ler estes títulos que são riquezas literárias que nos são oferecidas.

Retirado do site Guias Blog

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Lista de livros da FUVEST (USP - UNICAMP) 2012
by Natassia in Assuntos: , , , ,

CONCURSO VESTIBULAR FUVEST 2012
Lista Unificada de Livros para o Vestibular 2012
Informe à Imprensa nº 01/2012 – 02/02/2011

USP – UNICAMP
LISTA UNIFICADA DE LIVROS QUE SERÃO EXIGIDOS NO FUVEST 2012
O Conselho de Graduação (CoG) da USP, em reunião realizada no dia 25/03/2010, aprovou a lista de obras de leitura obrigatória para o FUVEST 2012. Não houve alteração em relação ao Vestibular passado.

  • Auto da barca do inferno – Gil Vicente;
  • Memórias de um sargento de Milícias – Manuel Antônio de Almeida;
  • Iracema – José de Alencar;
  • Dom Casmurro – Machado de Assis;
  • O cortiço – Aluísio Azevedo;
  • A cidade e as serras – Eça de Queirós;
  • Vidas secas – Graciliano Ramos;
  • Capitães da areia – Jorge Amado;
  • Antologia poética (com base na 2ª ed. aumentada) – Vinícius de Moraes.

Retirado do site Fuvest 2012

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Monteiro Lobato
3 de abril de 2011 by Natassia in Assuntos: , , , , ,

Um pouco da história de um dos maiores escritores brasileiros


Caricatura de Monteiro Lobato com um
de seus personagens: Visconde de Sabugosa


Monteiro Lobato inovou o jeito de fazer literatura infantojuvenil no nosso país. Ele se destacou pela valorização do público infantil, a preocupação com a cultura nacional e nosso folclore. Por isso, suas obras encantam as crianças (e os adultos!) brasileiras há muitas gerações. O Sítio do Picapau Amarelo, sucesso no Brasil e em diversos países, já foi livro, série de televisão e, agora, virou um envolvente mundo virtual.
O homem detalhista e de mente inquieta, que se dedicou aos livros com sua farta produção literária, também foi um empreendedor ao fundar uma das maiores editoras do país em sua época. A atuação de Lobato nos negócios não parou por aí. O espírito nacionalista o motivou a criar uma de nossas primeiras empresas petrolíferas, a Companhia Petróleos do Brasil, e a investir na indústria siderúrgica.




Um homem preocupado com o Brasil e sua cultura


 
Uma sereia de cabelos verdes e uma voz capaz de encantar os navegantes. Um menino travesso que pula em um pé só. Pela primeira vez, os seres folclóricos saíram do imaginário popular brasileiro e foram parar nos livros. Monteiro Lobato enxergou a importância e a criatividade de um país pouco retratado na literatura. Ele soube captar o espírito do Brasil caipira como ninguém. Quem não se lembra do famoso personagem Jeca Tatu, um homem simples do campo que vivia as agruras de um país em condições ainda muito precárias? Ou dos inesquecíveis Tio Barnabé e Tia Nastácia, habitantes do Sítio do Picapau Amarelo?
Lobato não teve receio de dizer o que pensava em seus livros e artigos. Em pleno começo do século XX, num ambiente de pouca liberdade de expressão, ele mostrou sua indignação com a política e os problemas sociais que o Brasil enfrentava.



O primeiro escritor brasileiro a enxergar a criança como um ser pensante

Capa do livro Reinações de Narizinho, publicado em 1931

 
Monteiro Lobato conseguiu compreender e traduzir o pensamento infantil como nenhum autor nacional até então. Em 1920, publicou um pequeno conto que mudou a literatura infanto-juvenil brasileira para sempre. Com uma linguagem simples e muita imaginação, A Menina do Narizinho Arrebitado tornou-se um sucesso instantâneo e marcou o começo das aventuras de Narizinho, sua boneca falante e outros personagens fantásticos do Sítio do Picapau Amarelo.
O autor trouxe para seus livros a graça, a oralidade e as expressões tipicamente nacionais, como Credo! e Mangar. Neles, tudo era possível, tudo existia. A realidade e o faz de conta não tinham barreiras (assim como a mente das crianças). "A criança é um ser onde a imaginação predomina em absoluto. O meio de interessá-la é falar-lhe à imaginação", disse o escritor, que se dedicou até o fim da vida à criação de textos criativos e inteligentes para o público infantil.


O Sítio mais importante do Brasil



"Ainda acabo fazendo livros onde as nossas crianças possam morar", disse Lobato em carta enviada ao amigo Godofredo Rangel, em 1926. E ele cumpriu o que disse. O Sítio do Picapau Amarelo convida as crianças a mergulharem em um mundo que mescla fantasia e realidade. Os leitores se identificaram de cara com as reinações de Emília, Visconde, Narizinho e Pedrinho. Lobato recebia dezenas de cartas de crianças que elogiavam os personagens, palpitavam sobre as histórias e diziam que o sítio de Dona Benta era o melhor lugar para se viver.
Para escrever os livros, buscou referência em sua própria infância. Lembrou-se dos bonequinhos feitos de legumes que inventava em suas brincadeiras e da biblioteca do avô, seu local preferido. Transportou os seus gostos e excentricidades para o papel, e a fórmula deu tão certo que o Sítio do Picapau Amarelo e seus queridos moradores (ou seus incríveis visitantes) são hoje parte do imaginário dos brasileiros.


Texto retirado do site Mundo do Sítio

Natassia