Assaltaram a Gramática - Os Paralamas do Sucesso
15 de dezembro de 2012 by Natassia in Assuntos: , , , , , ,

Assaltaram a gramática

Assassinaram a lógica
Meteram poesia, na bagunça do dia-a-dia
Sequestraram a fonética
Violentaram a métrica
Meteram poesia onde devia e não devia
Lá vem o poeta com sua coroa de louro
Agrião, pimentão, boldo
O poeta é a pimenta do planeta
(Malagueta!)


Aos 89, Lygia Fagundes Telles diz que escreve todo dia
23 de novembro de 2012 by Natassia in Assuntos: , , , , , ,



É quinta-feira, passa um pouco das seis horas da tarde e imortais da Academia Paulista de Letras estão reunidos para o seu chá semanal no Largo do Arouche, região central de São Paulo. Na ponta da grande mesa do salão onde são feitas as refeições, a escritora Lygia Fagundes Telles belisca acepipes e discute o atual estado das coisas com colegas de imortalidade como a autora Anna Maria Martins, o maestro Júlio Medaglia e o médico Raul Cutait.
“Está aumentando enormemente o número de drogados, de cocainômanos. É uma fuga da realidade”, lamenta. “Precisamos de creches, o Chalita vai resolver isso”, diz, indicando a sua preferência eleitoral. Espera-se, aliás, que ela não seja tão fã do escritor como do candidato, que parece entusiasmá-la.
É preciso dizer, num aparte, que a conversa fez uma grande curva até chegar aí. A partir de uma pergunta da reportagem, interessada em saber se a APL tinha algum projeto para promover a profissionalização da atividade de escritor, os imortais passaram a falar da proposta que levou alguns deles a dar palestras em escolas da rede pública, e daí à situação difícil da periferia e, depois, ao estado social e cultural do país.
“O que me dói é que na lista dos livros mais vendidos não tem um brasileiro”, continuou Lygia, que se absteve de fazer comentários quando disseram que Paulo Coelho estava lá.
Aos 89 anos, frequentar a APL não é a única ação ligada à literatura feita por Lygia, imortal também pela Academia Brasileira de Letras (ABL). A escritora, que não lança um livro inédito há cinco anos, diz que segue escrevendo diariamente. Sobre um possível novo livro, porém, faz suspense. Podem vir contos? “Quem sabe um romance”, responde, evasiva.
Fonte próxima a ela, no entanto, acredita que não se verá um inédito de Lygia. Procurada, a Companhia das Letras, que adquiriu o passe da escritora em 2008 e vem republicando toda a sua obra, diz que não há nenhum projeto em discussão com a editora. O último título inédito de Lygia foi a reunião de contos Conspiração de Nuvens, lançada pela Rocco em 2007.
Maria Carolina Maia

Clarice Lispector
14 de novembro de 2012 by Natassia in Assuntos: , , , , , , , ,

Qual a origem da Língua Portuguesa?
14 de outubro de 2012 by Natassia in Assuntos: , , , , ,

O português é resultado da transformação do latim vulgar (uma das variantes da língua romana) e do galego (falado na província da Galícia - hoje em território espanhol). Essas línguas sofreram muitas transformações ao longo do tempo, e só no século 13 foi publicado um texto mais próximo do que hoje consideramos a língua portuguesa (leia mais sobre essa evolução abaixo). O idioma falado no Brasil sofreu ainda várias influências, como as dos povos africanos e indígenas.


Para poder ler com conforto, clique na imagem


Clarice Lispector e "A paixão segundo GH"
4 de setembro de 2012 by Natassia in Assuntos: , , , , , , , ,



Clarice Lispector é caso único na literatura brasileira. Nascida em 1920, em Tchetchelnik, Ucrânia, e falecida em 1977, no Rio, é o exemplo maior do chamado romance existencial ou introspectivo. A sua bibliografia, acompanhada cronologicamente, prepara pouco a pouco o leitor para o tumultuoso romance que publicaria em 1964. 

Seu primeiro livro, Perto do Coração Selvagem, escrito em 1943, foi recusado pela editora José Olympio, mas acabou sendo publicado no ano seguinte pela A Noite. O crítico Álvaro Lins considerou a obra "dentro do espírito e da técnica de Joyce e Virginia Woolf". O reconhecimento literário se efetivou com A Maçã no Escuro (1961). Outros romances ainda teriam boa receptividade, como Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres (1969) e o célebre A Hora da Estrela (1977), cuja protagonista, a nordestina Macabéa, se tornaria personagem antológica. 

Em A Paixão Segundo G.H., o enredo trata de uma mulher, identificada apenas pelas iniciais G.H., que - depois de demitir a empregada e tentar limpar o quarto desta - relata a perda da individualidade após ter esmagado uma barata na porta de um guarda-roupa. 
No dia seguinte, ela narra a própria impotência de descrever o episódio. A história se organiza em capítulos de seqüência sistemática - cada um começa com a mesma frase que serve de fechamento ao anterior. A interrupção, assim, é elemento de continuidade, numa representação simbólica do que é a experiência de G.H. 

Assim como em outras obras de Clarice, em A Paixão Segundo G.H. os fluxos de consciência permeiam o livro. Espécie de romance-enigma, fornece o lugar de sujeito à linguagem, que constrói ao redor de si um labirinto cuja saída está na essência do ser: trata-se de um longo monólogo em primeira pessoa, que se dá pelo que a professora Emília Amaral, autora de um estudo sobre o livro, chamou de "jorro turbilhante e ininterrupto de linguagem". Um paradoxo, como muitos dos que permeiam a obra da escritora: as palavras são, ao mesmo tempo, o que afasta o ser de sua essência, mas, ao mesmo tempo, constitui a chave para atingi-la. Segundo a professora da USP Nádia Gotlib, "é o exercício de linguagem como instrumento possível de se tocar no ponto que não é tocável, de se atingir o segredo: desenterrar o pior e o melhor de nossa condição humana, que já não é nem mais humana". Assim, a literatura de Clarice assume uma estatura filosófica, aproximando-se, na visão de alguns, do existencialismo de Jean-Paul Sartre. Diz a epígrafe da obra, de Bernard Berenson: "Uma vida plena pode ser aquela que alcance uma identificação tão completa com o não-eu que não haja nenhum eu para morrer". 

Sem nome, G.H. identifica-se com todos os seres. Sua experiência, para o professor Benedito Nunes, é multívoca. Entre suas vias possíveis está a mística, aberta a múltiplos temas, como a linguagem e a arte, que se fundem na busca espiritual. 
O momento maior de revelação se dá na cena mais famosa do romance. A barata, após perder sua casca, expele a secreção branca que aparece como sua última essência. G.H., então, a come. Estaria aí a renúncia que a personagem faz a seu próprio ser como linguagem, que, logo após o ato, entrega-se ao silêncio. 

Trechos do livro: 

"De nascer até morrer é o que eu me chamo de humana, e nunca propriamente morrerei. Mas esta não é a eternidade, é a danação. Como é luxuoso este silêncio. É acumulado de séculos. É um silêncio de barata que olha." 

"Pois o que realmente eu soube é que chegara o momento não só de ter entendido que eu não devia mais transcender, mas chegara o instante de realmente não transcender mais. E de ter já o que anteriormente eu pensava que devia ser para amanhã." 

"A desistência é uma revelação. Desisto, e terei sido a pessoa humana - e só no pior da minha condição que esta é assumida como meu destino." 

"Enquanto escrever e falar vou ter que fingir que alguém está segurando a minha mão. Oh, pelo menos no começo, só no começo. Logo que puder dispensá-la irei sozinha. Por enquanto preciso segurar esta tua mão - mesmo que não consiga inventar teu rosto e teus olhos e tua boca." 

"Um passo antes do clímax, um passo antes da revolução, um passo antes do que se chama amor. Um passo antes de minha vida - que, por uma espécie de forte ímã ao contrário, eu não transformava em vida; e também por uma vontade de ordem. Há um mau-gosto na desordem de viver." 

"Quem vive totalmente está vivendo para os outros, quem vive a própria largueza está fazendo uma dádiva, mesmo que sua vida se passe dentro da incomunicabilidade de uma cela."

Fonte: Educar para crescer


Nossa dor não advém das coisas vividas
17 de agosto de 2012 by Natassia in Assuntos: , , , , ,

Definitivo


Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...

Carlos Drumond de Andrade


100 anos de Jorge Amado
12 de agosto de 2012 by Natassia in Assuntos: , , , , , , , , ,


O escritor Jorge Amado completaria 100 anos no dia 10/08. A data também lembra a colossal obra do baiano, que se mantém viva e atual até hoje.

HÁ CEM ANOS NASCIA JORGE AMADO


Jorge Amado escreveu mais de 30 romances, traduzidos para 49 idiomas. Foi militante comunista até se afastar da ideologia devido às atrocidades stalinistas, porém manteve em sua obra a crítica a desigualdades sociais. Seus livros foram censurados, banidos e até queimados nas ruas e depois aclamados nas salas de aula e na Academia Brasileira de Letras, onde Amado ingressou em 1961.

O escritor colocou em primeiro plano personagens femininas fortes, sensuais e contestadoras. Trouxe uma literatura sensorial - repleta de cheiros e sabores - aliada a um olhar afiado para os costumes regionais. A força de sua obra extrapolou a literatura para se tornarem alguns dos maiores sucessos da cinema e teledramaturgia nacional.

Ele exacerbou em sua obra a miscigenação e o sincretismo religioso, o que ajudou para que em 1959 recebesse um dos mais altos títulos do candomblé. Apesar das inúmeras premiações que recebeu, Jorge Amado dizia que se orgulhava mais das do candomblé.


Foto 4 de 10 - Dez livros para entender Jorge Amado Arte/UOL
A Companhia das Letras começou a publicar as obras de Jorge Amado em 2009 e já lançou quase 40 títulos do autor. “Capitães de Areia” acabou se tornando um dos cinco livros mais vendidos da editora, ultrapassando a marca dos 600 mil exemplares.

A editora planeja mais dois lançamentos ainda para agosto deste ano. “Bahia de Todos os Santos” é uma espécie de guia de Salvador pelos olhos de Amado. Escrito originalmente em 1944, ele foi sendo atualizado ao longo dos anos conforme a cidade se modificava até uma última versão em 1986. Já “Toda a Saudade do Mundo” reúne correspondências entre Amado e sua esposa, a escritora Zélia Gattai.
“Humilde e humano”

Se o escritor deixa saudade em milhões impactados por sua obra, quem mais sente falta são os amigos, como o ator e amigo de Jorge Amado Cláudio Cavalcanti, que viveu João Magalhães na adaptação de 1981 de “Terras do Sem-Fim”.

“Como todo homem da minha geração, a paixão com Jorge Amado começou com ‘Capitães da Areia’. Depois li quase todos os livros dele”, disse Cavalcanti ao UOL. “Depois tive o prazer de me tornar amigo dele. Ele era ao mesmo tempo de uma enorme humildade e de uma enorme humanidade”, completou Cavalcanti.

Fonte: UOL Entretenimento

Oficina Celacom 2012: "Educação às mídias e pelas mídias: uma interface possível"
6 de agosto de 2012 by Natassia in Assuntos: , , ,

Plano de Aula


Atividade: Análise da linguagem empregada em propagandas e charges sobre os Jogos Olímpicos: comparação com os Jogos de Londres (2012) e Rio de Janeiro (2016).

Objetivos: familiarizar os alunos com a linguagem do jornalismo impresso, ou digital; desenvolver a leitura crítica de anúncios publicitários, por meio da leitura de elementos da linguagem; comparar o que se veicula sobre o mesmo evento atualmente e o próximo (cediado no Brasil); desenvolver a consciência da situação em que se encontra o nosso país e se terá suporte para cediá-lo.

Conteúdo: apresentação das características da linguagem jornalística; análise textual dos elementos da linguagem das propagandas e das charges; produção de texto dissertativo. Proposta didática interdisciplinar de Língua Portuguesa, Geografia, História e Educação Física.

Público: ciclo dois do Ensino Fundamental (séries finais) e Ensino Médio.

Material necessário: fotos das propagandas e charges (impressas ou publicadas no blog, ou em apresentação de power point).


Desenvolvimento da aula:

1ª. Aula: apresentação das propagandas e dos principais elementos da linguagem jornalística: slogan, logotipo, título, fontes, imagem, cores, pluralidade de idéias, objetividade, gênero informativo etc.
As propagandas serão apresentadas numa sequência proposital: primeiro os anúncios da atual Olimpíada, uma charge criticando a desigualdade de patrocínio e investimento no esporte dos países participantes do evento. Em seguida, os anúncios favorecendo os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e, por último, as charges que criticam a estrutura do país para receber este grande evento, cada uma critica um aspecto (político, social, violência, etc.)

2ª. Aula: aplicação dessa discussão na análise das charges, em comparação com os anúncios publicitários oficiais. Em grupos, os alunos deverão identificar os elementos e, posteriormente, analisar como eles produzem sentido: se está exaltando as qualidades ou se critica algum elemento já de conhecimento prévio, ou não. Caso não tenham o devido conhecimento, poderão discutir com o outro colega, ou realizar uma pesquisa posterior. Eles deverão registrar esta análise para ter argumento na sua futura dissertação.

3ª. Aula: transposição de gêneros. Os alunos deverão produzir textos opinativos, sobre a visão da mídia sobre os próximos Jogos Olímpicos, que serão no Rio de Janeiro. O que a mídia e o próprio aluno esperam do evento. O que deve ser feito, ou melhorado, para o país desenvolver este evento com eficácia.

Critérios de avaliação: Verificar : envolvimento; aplicação dos elementos na análise e o nível de argumentação, além das questões linguísticas do texto dissertativo.


Responsável: Natassia Contrera (Aluna de Especialização em Ensino de Línguas Estrangeiras)

O auto da barca do inferno
18 de junho de 2012 by Natassia in Assuntos: , , , , , , , ,

Para ver o episódio do Auto da Barca do Inferno novamente, clique aqui


Corpus Christi
7 de junho de 2012 by Natassia in Assuntos: , , , , , ,


Tapete enfeitado para a procissão de Corpus Christi


Corpus Christi (expressão latina que significa Corpo de Cristo) é uma festa Cristã. É um evento baseado em tradições católicas. É realizada na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade que, por sua vez, acontece no domingo seguinte ao de Pentecostes. É uma festa de 'preceito', isto é, para os católicos é de comparecimento obrigatório participar da Missa neste dia, na forma estabelecida pela Conferência Episcopal do país respectivo.
A procissão pelas vias públicas, quando é feita, atende a uma recomendação do Código de Direito Canônico (cân. 944) que determina ao Bispo diocesano que a providencie, onde for possível, "para testemunhar publicamente a adoração e a veneração para com a Santíssima Eucaristia, principalmente na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo." É recomendado que nestas datas, a não ser por causa grave e urgente, não se ausente da diocese o Bispo (cân. 395).

História


Procissão de Corpus Christi, Moosburgo,Alemanha, 2005.
A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao Século XIII. A Igreja Católica sentiu necessidade de realçar a presença real do "Cristo todo" no pão consagrado. A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’ de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes.
O Papa Urbano IV foi o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon que teve visões de Cristo demonstrando desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque.
Por solicitação do Papa Urbano IV, que na época governava a igreja, os objetos milagrosos foram para Orviedo em grande procissão, sendo recebidos solenemente por sua santidade e levados para a Catedral de Santa Prisca. Esta foi a primeira procissão do Corporal Eucarístico. A 11 de agosto de 1264, o Papa lançou de Orviedo para o mundo católico através da bula Transiturus do Mundo o preceito de uma festa com extraordinária solenidade em honra do Corpo do Senhor.
A festa de Corpus Christi foi decretada em 1269.
O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu em seguida. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese deColônia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada desde antes de 1270. A procissão surgiu em Colônia e difundiu-se primeiro na Alemanha, depois na França e na Itália. Em Roma é encontrada desde 1350.
A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse: ‘Este é o meu corpo…isto é o meu sangue… fazei isto em memória de mim’. Segundo Santo Agostinho, é um memrial de imenso benefício para os fiéis, deixado nas formas visíveis do pão e do vinho. Porque a Eucaristia foi celebrada pela 1ª vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o vinho sangue de Jesus Cristo, em toda Santa Missa, mesmo que esta transformação da matéria não seja visível.
Corpus Christi é celebrado 60 dias após a Páscoa podendo cair, assim, entre as datas de 21 de maio e 24 de junho.




Este post é para você que sempre teve dúvida da origem ou finalidade desse dia, que, para os leigos, não passa de um feriado.

Natassia

Como aprender mais sem estudar mais
6 de maio de 2012 by Natassia in Assuntos: , , , , , , , ,




Não acredito que os conselhos descritos abaixo sejam novidades para alguém, da mesma forma que também não conheço alguém que os pratique regularmente. É um paradoxo: todo mundo sabe que é importante, mas quase ninguém os coloca em prática.

Como os músculos, o cérebro também cansa, então não adianta fazer uma maratona de estudos antes da prova ou da entrega do artigo. Mas como conciliar nossa rotina acadêmica, cada vez mais apertada, com a eficiência nos estudos e pesquisas?

A palavra de ordem aqui é disciplina. E como a motivação se torna uma parte importante deste processo, explicamos resumidamente as teorias envolvidas nos conselhos do neurocientista Wilkie Wilson, da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, para que você se convença, opte por mudar sua rotina e de discipline para “afiar” a mente e deixá-la afiada por toda a vida.

Vá para cama mais cedo – o sono é importante porque dormindo, as células nervosas repetem os pensamentos do dia. Ao fazer isso, elas se modificam e transportam as informações para a área de armazenamento permanente no cérebro. É como se durante o sono, o cérebro gravasse um CD com as informações adquiridas durante o dia. Se o sono for interrompido, é como se retirasse o CD no meio da gravação. Não é preciso lembrar que uma noite mal dormida atrapalha a concentração e a performance no dia seguinte.

Comece a estudar alguns dias antes da prova – pode parecer óbvio, mas este conselho não é apenas para você dar conta de repassar toda a matéria em vez de ler todo o livro de biologia em apenas uma noite. Pense no cérebro como um músculo. Ele utiliza cerca de 20% da energia de nosso corpo e aumenta o fluxo de sangue quando é intensamente utilizado, como no caso dos estudos. Os cientistas acreditam que, assim como os músculos, o cérebro produza uma série de subprodutos metabólicos quando é exercitado por muito tempo. O cérebro cansa. E assim como os músculos, o excesso de exercício prolongado pode fazê-lo não funcionar adequadamente. Se você fizer uma maratona ininterrupta de estudos, o cérebro não irá descansar e se limpar destas substâncias. O resultado: apesar do seu esforço, as informações não irão se fixar na memória. O ideal é armazená-las progressivamente, daí o cérebro relaciona de tal forma a informação nova com a adquirida anterior.

Alimente o cérebro – Já que nossos neurônios consomem 20% da energia do corpo, você precisa de glicose para que ele não se esgote. Mas glicose no quer dizer açúcar. O cérebro precisa de “combustível de alta octanagem”. Para conseguir dar esse gás, o professor Wilson recomenda alimentos ricos em proteínas e carboidratos complexos. Ele cita ovos, presente no famoso café da manhã americano, iogurte, frutas, granola e pão integral.

Exercitar o corpo é exercitar a mente - Para o professor Wilson, exercitar-se é bom para a inteligência por diversos motivos. O exercício eleva a pressão sanguínea e permite que o sangue seja bombeado por todo o corpo de tensões e ansiedades, e o estresse é responsável por perda de foco e dificuldade de concentração. O exercício também tem o terceiro benefício de propiciar o nascimento de novos neurônios.

Aprenda o que você ama – Existe uma parte do cérebro chamada sistema de recompensa, que registra todas as sensações boas que acontecem com a pessoa. O organismo então sempre buscará experiência que proporcionem uma sensação boa. É o chamado sistema de recompensa, o mesmo que age quando uma pessoa se vicia em algo: ele sempre quer retornar àquele bem-estar. “Se você faz ou aprende algo que te interessa muito, essa coisa faz com que seu cérebro antecipe a recompensa, e isso proporciona a ele as ferramentas que precisa: foco, atenção e uma descarga de dopamina, substância estimulante do sistema nervoso central”, diz Wilson. A liberação de dopamina proporcionada pelo sentimento de satisfação faz com que a informação seja consolidada na memória. Como os seres humanos são animais complexos, as recompensas que o cérebro busca são mais que comida, água e sexo. Tendemos a buscar a euforia de um bom negócio realizado, a satisfação de uma boa performance profissional.

Fonte: Blog Pós-Graduando

Portfolio, portifólio e portfólio… qual a grafia correta?
25 de abril de 2012 by Natassia in Assuntos: , , ,


Pouca gente tem firmeza na hora de escrever esta palavra tão usada em agências. É com i ou sem i? Tem acento? Nem o Word sabe. Veja a origem do termo e considere usar porta-fólio.
Pois é, mais um termo que gera confusão. Afinal, aquilo que a gente carrega debaixo do braço ou publica virtualmente em nossas “pages” tem acento? Tem “i”?
Bom, ainda que o que interesse mesmo seja o conteúdo, vamos pesquisar e definir a forma.
Segundo o dicionário publicitário online, a palavra significa:
1. Conjunto de marcas, produtos e serviços de uma empresa.
2. Conjunto das contas de uma agência, produtora, fornecedor ou profissional.
3. Conjunto dos títulos de uma editora e de programas de uma emissora de rádio e TV.
No italiano moderno a palavra se tornou portafoglio e no inglês portfolio. É curioso o fato de em português utilizarmos portfólio ou portifólio ao invés de porta-fólio, que é o correto e o mais natural na latinização moderna da palavra.
Enfim, a expressão portfólio é claramente ligada ao anglicismo, com o aportuguesamento caracterizado pela inclusão do acento na letra “o” pois se trata de uma paroxítona terminada em ditongo oral.

Use portfolio e porta-fólio. Evite portfólio e portifólio

O vocabulário da propaganda utilizado no Brasil é excessivamente influenciado pelas expressões inglesas, numa referência ao trabalho desenvolvido pelos norte-americanos na construção dos modelos e referências desta área.
Assim, a palavra portifólio é usada – mas não conta nos dicionários Aurélio, Houaiss ou Michaelis, onde a grafia certa é “porta-fólio”. Esta, portanto, é a adequada quando se busca de uma identidade nacional para se utilizar o termo. “Portifólio” talvez seja usado por uma questão fonética, afinal soa bem estranho a pronúncia da alternativa portfólio com o “t” mudo. Mas não consta dos dicionários que citamos.
Nota do editor: quando o artigo foi escrito ainda não constava, mas hoje a palavra está dicionarizada, sim. Portfolio ou Portfólio, com ou sem acento. No Aurélio, no Houaiss, no VOP, informa a leitora Natasha Algemaria, nos comentários abaixo.
Como se trata de uma palavra de utilização restrita no segmento artístico e de comunicação, é natural que se encontre uma ausência de conceituação até em dicionários renomados, prevalecendo a definição leiga que utiliza indiscriminadamente as duas formas: portfólio ouportifólio.
Você pode usar “portfolio” e “porta-fólio” e deve evitar portifólio. Só não esqueça da qualidade do conteúdo…
Fonte:  [Webinsider]


Os 7 pecados da redação
31 de março de 2012 by Natassia in Assuntos: , , , , ,





Saber fórmulas e entender cálculos não ajuda o vestibulando na hora fatídica: a de escrever a redação. Parte obrigatória dos vestibulares das três universidades estaduais paulistas, a redação é um desafio totalmente diferente do restante da prova. Ela é feita para avaliar uma competência que as outras questões não avaliam.

Fuvest, Unicamp e Unesp adotam critérios parecidos para avaliar os textos. As equipes de correção ficam atentas a itens como adequação ao tema proposto e ao gênero do texto, desenvolvimento argumentativo, coesão e expressão. O candidato precisa trazer alguma informação para o texto, mostrar que tem conhecimento e defender aquilo que pensa.

Este ano, um batalhão de 400 pessoas fará a correção da Fuvest. Dessas, 60 vão trabalhar só na redação. Cada texto passa por dois avaliadores, que não conhecem a correção um do outro. Caso as notas tenham discrepância grande, a redação seguirá para um terceiro. Se a última nota não ficar próxima de nenhuma das outras, quem assume a correção é a diretora-executiva da Fuvest, Maria Thereza Fraga Rocco, responsável, há cinco anos, pelos temas da redação no vestibular. E nesses casos, a nota da coordenadora é que vale.

Na Unicamp – único dos três vestibulares em que há a opção de escrever um texto que não seja uma dissertação –, cerca de 20% das redações têm de passar pelo terceiro corretor. Elas podem ter até cinco releituras. Dois por cento redações são anuladas. Na maioria dos casos, por fugir da proposta.

Para não ter a redação desclassificada, o candidato deve ficar atento aos aspectos formais. A análise é técnica. É avaliada na correção a capacidade do candidato de se comunicar por escrito, de forma clara, sem tentar enganar a banca.

Professor da UNESP, Rogério Chociay publicou um livro em que analisa as dissertações de vestibulares antigos da universidade. Ele apresenta, e comenta, bons e péssimos exemplos de textos. “Algumas redações eu chamo de ‘camicase’. São praticamente um voo para a morte, para a anulação. Tem gente que escreve poesia, faz até desenho”, ele diz.

1. Letra
O candidato não precisa ter letra bonita, mas deve garantir que o corretor consiga ler seu texto. Uma letra garranchuda e ilegível revela incapacidade de comunicar uma mensagem.

2. Tamanho
A redação deve ter um tamanho adequado, em geral entre 22 e 30 linhas. Um texto muito curto revela a incapacidade do candidato de desenvolver o tema. Mas ele também não deve ser muito grande. Tamanho excessivo pode revelar dificuldade para concluir ideias. E nada de enganar os corretores com letra grande ou margens falsas, para dar a impressão de um texto mais longo.

3. ‘Lúdicas’
Nenhuma banca de vestibular leva em conta produções que não sejam textos. Mostra de ingenuidade ou ousadia, redações “lúdicas” são anuladas de imediato por fuga do gênero.

4. Fuga do tema
Nunca se deve fugir do tema proposto. O vestibulando deve mostrar que apreendeu a questão em debate.

5. Fuga do gênero
Com exceção da Unicamp, em que a redação também pode ser uma carta ou narração, os grandes vestibulares pedem textos dissertativos. Não escreva textos que fujam ao que foi pedido, nem desenvolva ideias “criativas”, como feito aqui.

6. Sem argumentação
O corretor tem um sério motivo para desconsiderar um texto em que não há argumentação. Na redação você tem que desenvolver um raciocínio, não pode ficar dizendo sempre a mesma coisa.

7. Poesia
Não escreva nada além de prosa. Se você é um excelente poeta, ótimo. Mas não em dia de redação.

A boa

Rogério Chociay destaca em seu livro que boas redações apresentam coerência, uso da norma culta da língua, além de argumentos a favor de uma posição. Não precisa ser original, mas dar uma proposta sustentável.


Fonte: Passei Web

Natassia

Trovadorismo
14 de março de 2012 by Natassia in Assuntos: , , , , , , , ,



Designa-se por Trovadorismo o período que engloba a produção literária de Portugal durante seus primeiros séculos de existência (séc. XII ao XV). No âmbito da poesia, a tônica são mesmo as Cantigas em suas modalidades; enquanto a prosa apresenta as Novelas de Cavalaria.

Contexto Histórico

Momento final da Idade Média na Península Ibérica, onde a cultura apresenta a religiosidade como elemento marcante.
A vida do homem medieval é totalmente norteada pelos valores religiosos e para a salvação da alma. O maior temor humano era a idéia do inferno que torna o ser medieval submisso à Igreja e seus representantes.
São comuns procissões, romarias, construção de templos religiosos, missas etc. A arte reflete, então, esse sentimento religioso em que tudo gira em torno de Deus. Por isso, essa época é chamada de Teocêntrica.
As relações sociais estão baseadas também na submissão aos senhores feudais. Estes eram os detentores da posse da terra, habitavam castelos e exerciam o poder absoluto sobre seus servos ou vassalos. Há bastante distanciamento entre as classes sociais, marcando bem a superioridade de uma sobre a outra.
O marco inicial do Trovadorismo data da primeira cantiga feita por Paio Soares Taveirós, provavelmente em 1198, entitulada Cantiga da Ribeirinha.

Características

A poesia desta época compõe-se basicamente de cantigas, geralmente com acompanhamento de instrumentos (alaúde, flauta, viola, gaita etc.). Quem escrevia e cantava essas poesias musicadas eram os jograis e os trovadores. Estes últimos deram origem ao nome deste estilo de época português.
Mais tarde, as cantigas foram compiladas em Cancioneiros. Os mais importantes Cancioneiros desta época são o da Ajuda, o da Biblioteca Nacional e o da Vaticana.
As cantigas eram cantadas no idioma galego-português e dividem-se em dois tipos: líricas (de amor e de amigo) e satíricas (de escárnio e mal-dizer).
Do ponto de vista literário, as cantigas líricas apresentam maior potencial pois formam a base da poesia lírica portuguesa e até brasileira. Já as cantigas satíricas, geralmente, tratavam de personalidades da época, numa linguagem popular e muitas vezes obscena.

Cantigas de amor

Origem da Provença, região da França, trazidas através dos eventos religiosos e contatos entre as cortes. Tratam, geralmente, de um relacionamento amoroso, em que o trovador canta seu amor a uma dama, normalmente de posição social superior, inatingível. Refletindo a relação social de servidão, o trovador roga a dama que aceite sua dedicação e submissão.
Eu-lírico – masculino

Cantigas de amigo

Neste tipo de texto, quem fala é a mulher e não o homem. O trovador compõe a cantiga, mas o ponto de vista é feminino, mostrando o outro lado do relacionamento amoroso - o sofrimento da mulher à espera do namorado (chamado "amigo"), a dor do amor não correspondido, as saudades, os ciúmes, as confissões da mulher a suas amigas, etc. Os elementos da natureza estão sempre presentes, além de pessoas do ambiente familiar, evidenciando o caráter popular da cantiga de amigo.
Eu-lírico - feminino

Cantigas satíricas

Aqui os trovadores preocupavam-se em denunciar os falsos valores morais vigentes, atingindo todas as classes sociais: senhores feudais, clérigos, povo e até eles próprios.

  •          Cantigas de escárnio - crítica indireta e irônica
  •          Cantigas de maldizer - crítica direta e mais grosseira


A prosa medieval retrata com mais detalhes o ambiente histórico-social desta época. A temática das novelas medievais está ligada à vida dos cavaleiros medievais e também à religião.

A Demanda do Santo Graal é a novela mais importante para a literatura portuguesa. Ela retrata as aventuras dos cavaleiros do Rei Artur em busca do cálice sagrado (Santo Graal). Este cálice conteria o sangue recolhido por José de Arimatéia, quando Cristo estava crucificado. Esta busca (demanda) é repleta de simbolismo religioso, e o valoroso cavaleiro Galaaz consegue o cálice.

 Fonte: Grau 10

Dia da poesia
by Natassia in Assuntos: , , , , , , ,


Poesia é uma forma de se expressar e transmitir sentimentos, emoções e pensamentos.

Antigamente, as poesias eram cantadas, acompanhadas pela lira, um instrumento musical muito comum na Grécia antiga.

Por isto, diz-se que a poesia pertence ao gênero lírico.

A poesia ganhou um dia específico, sendo este criado em homenagem ao poeta brasileiro Antônio Frederico de Castro Alves (1847-1871), no dia de seu nascimento, 14 de março.

Castro Alves ficou conhecido como o “poeta dos escravos”, pois lutou grandemente pela abolição da escravidão. Além disso, era um grande defensor do sistema republicano de governo, onde o povo elege seu presidente através do voto direto e secreto.

Sua indignação quanto ao preconceito racial ficou registrada na poesia “Navio Negreiro”, chegando a fazer um protesto contra a situação em que viviam os negros. Mas seu primeiro poema que retratava a escravidão foi “A Canção do Africano”, publicado em A Primavera.

Cursou direito na faculdade do Recife e teve grande participação na vida política da Faculdade, nas sociedades estudantis, onde desde cedo recebera calorosas saudações.

Castro Alves era um jovem bonito, esbelto, de pele clara, com uma voz marcante e forte. Sua beleza o fez conquistar a admiração dos homens, mas principalmente as paixões das mulheres, que puderam ser registradas em seus versos, considerados mais tarde como os poemas líricos mais lindos do Brasil.




Segunda Geração Modernista
7 de março de 2012 by Natassia in Assuntos: , , , , ,


Operários (1933) – Tarsila do Amaral



Período marcado por acontecimentos violentos – Crack da Bolsa de Nova Iorque (1929); Revolução Constitucionalista de 1932; Estado Novo (Getúlio Vargas); Segunda Guerra Mundial (bomba atômica)

Poesia: preocupação religiosa e filosófica
Geração mais equilibrada: amadurecimento – tradição x modernidade
·         Consolidação das novas conquistas
·         Temática que tende para o universal
·         Questões sociopolíticas

Três tendências poéticas:
·         Tensão ideológica: presente na obra de CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
·         Poesia de preocupação religiosa e filosófica: Cecília Meireles, Tasso da Silveira, Augusto Frederico Schimidt, Jorge de Lima e Vinícius de Moraes.
·         Poesia de dimensão surrealista: observada na obra de Murilo Mendes

Autores
Na poesia: Augusto Frederico Schmidt (1906-1965); Carlos Drummond de Andrade (1902-1987); Cecília Meireles (1901-1964); Jorge de Lima (1895-1953); Mário Quintana (1906-1994); Murilo Mendes (1901-1975); Vinícius de Moraes (1913-1982).

Na prosa: Álvaro Lins (1912-1970); Cornélio Pena (1896-1958); Cyro dos Anjos (1906-1994); Érico Veríssimo (1905-1975); Graciliano Ramos (1892-1953); Herberto Sales (1917-1999); Jorge Amado (1912-2001); José Américo de Almeida (1887-1957); José Geraldo Vieira (1897-1977); José Lins do Rego (1901-1957); Lúcio Cardoso (1913-1968); Marques Rebelo (1907-1973); Octávio de Faria (1908-1980); Patrícia Galvão (1910-1962); Rachel de Queiroz (1910-2003)