Os 7 pecados da redação
31 de março de 2012 by Natassia in Assuntos: , , , , ,





Saber fórmulas e entender cálculos não ajuda o vestibulando na hora fatídica: a de escrever a redação. Parte obrigatória dos vestibulares das três universidades estaduais paulistas, a redação é um desafio totalmente diferente do restante da prova. Ela é feita para avaliar uma competência que as outras questões não avaliam.

Fuvest, Unicamp e Unesp adotam critérios parecidos para avaliar os textos. As equipes de correção ficam atentas a itens como adequação ao tema proposto e ao gênero do texto, desenvolvimento argumentativo, coesão e expressão. O candidato precisa trazer alguma informação para o texto, mostrar que tem conhecimento e defender aquilo que pensa.

Este ano, um batalhão de 400 pessoas fará a correção da Fuvest. Dessas, 60 vão trabalhar só na redação. Cada texto passa por dois avaliadores, que não conhecem a correção um do outro. Caso as notas tenham discrepância grande, a redação seguirá para um terceiro. Se a última nota não ficar próxima de nenhuma das outras, quem assume a correção é a diretora-executiva da Fuvest, Maria Thereza Fraga Rocco, responsável, há cinco anos, pelos temas da redação no vestibular. E nesses casos, a nota da coordenadora é que vale.

Na Unicamp – único dos três vestibulares em que há a opção de escrever um texto que não seja uma dissertação –, cerca de 20% das redações têm de passar pelo terceiro corretor. Elas podem ter até cinco releituras. Dois por cento redações são anuladas. Na maioria dos casos, por fugir da proposta.

Para não ter a redação desclassificada, o candidato deve ficar atento aos aspectos formais. A análise é técnica. É avaliada na correção a capacidade do candidato de se comunicar por escrito, de forma clara, sem tentar enganar a banca.

Professor da UNESP, Rogério Chociay publicou um livro em que analisa as dissertações de vestibulares antigos da universidade. Ele apresenta, e comenta, bons e péssimos exemplos de textos. “Algumas redações eu chamo de ‘camicase’. São praticamente um voo para a morte, para a anulação. Tem gente que escreve poesia, faz até desenho”, ele diz.

1. Letra
O candidato não precisa ter letra bonita, mas deve garantir que o corretor consiga ler seu texto. Uma letra garranchuda e ilegível revela incapacidade de comunicar uma mensagem.

2. Tamanho
A redação deve ter um tamanho adequado, em geral entre 22 e 30 linhas. Um texto muito curto revela a incapacidade do candidato de desenvolver o tema. Mas ele também não deve ser muito grande. Tamanho excessivo pode revelar dificuldade para concluir ideias. E nada de enganar os corretores com letra grande ou margens falsas, para dar a impressão de um texto mais longo.

3. ‘Lúdicas’
Nenhuma banca de vestibular leva em conta produções que não sejam textos. Mostra de ingenuidade ou ousadia, redações “lúdicas” são anuladas de imediato por fuga do gênero.

4. Fuga do tema
Nunca se deve fugir do tema proposto. O vestibulando deve mostrar que apreendeu a questão em debate.

5. Fuga do gênero
Com exceção da Unicamp, em que a redação também pode ser uma carta ou narração, os grandes vestibulares pedem textos dissertativos. Não escreva textos que fujam ao que foi pedido, nem desenvolva ideias “criativas”, como feito aqui.

6. Sem argumentação
O corretor tem um sério motivo para desconsiderar um texto em que não há argumentação. Na redação você tem que desenvolver um raciocínio, não pode ficar dizendo sempre a mesma coisa.

7. Poesia
Não escreva nada além de prosa. Se você é um excelente poeta, ótimo. Mas não em dia de redação.

A boa

Rogério Chociay destaca em seu livro que boas redações apresentam coerência, uso da norma culta da língua, além de argumentos a favor de uma posição. Não precisa ser original, mas dar uma proposta sustentável.


Fonte: Passei Web

Natassia

Trovadorismo
14 de março de 2012 by Natassia in Assuntos: , , , , , , , ,



Designa-se por Trovadorismo o período que engloba a produção literária de Portugal durante seus primeiros séculos de existência (séc. XII ao XV). No âmbito da poesia, a tônica são mesmo as Cantigas em suas modalidades; enquanto a prosa apresenta as Novelas de Cavalaria.

Contexto Histórico

Momento final da Idade Média na Península Ibérica, onde a cultura apresenta a religiosidade como elemento marcante.
A vida do homem medieval é totalmente norteada pelos valores religiosos e para a salvação da alma. O maior temor humano era a idéia do inferno que torna o ser medieval submisso à Igreja e seus representantes.
São comuns procissões, romarias, construção de templos religiosos, missas etc. A arte reflete, então, esse sentimento religioso em que tudo gira em torno de Deus. Por isso, essa época é chamada de Teocêntrica.
As relações sociais estão baseadas também na submissão aos senhores feudais. Estes eram os detentores da posse da terra, habitavam castelos e exerciam o poder absoluto sobre seus servos ou vassalos. Há bastante distanciamento entre as classes sociais, marcando bem a superioridade de uma sobre a outra.
O marco inicial do Trovadorismo data da primeira cantiga feita por Paio Soares Taveirós, provavelmente em 1198, entitulada Cantiga da Ribeirinha.

Características

A poesia desta época compõe-se basicamente de cantigas, geralmente com acompanhamento de instrumentos (alaúde, flauta, viola, gaita etc.). Quem escrevia e cantava essas poesias musicadas eram os jograis e os trovadores. Estes últimos deram origem ao nome deste estilo de época português.
Mais tarde, as cantigas foram compiladas em Cancioneiros. Os mais importantes Cancioneiros desta época são o da Ajuda, o da Biblioteca Nacional e o da Vaticana.
As cantigas eram cantadas no idioma galego-português e dividem-se em dois tipos: líricas (de amor e de amigo) e satíricas (de escárnio e mal-dizer).
Do ponto de vista literário, as cantigas líricas apresentam maior potencial pois formam a base da poesia lírica portuguesa e até brasileira. Já as cantigas satíricas, geralmente, tratavam de personalidades da época, numa linguagem popular e muitas vezes obscena.

Cantigas de amor

Origem da Provença, região da França, trazidas através dos eventos religiosos e contatos entre as cortes. Tratam, geralmente, de um relacionamento amoroso, em que o trovador canta seu amor a uma dama, normalmente de posição social superior, inatingível. Refletindo a relação social de servidão, o trovador roga a dama que aceite sua dedicação e submissão.
Eu-lírico – masculino

Cantigas de amigo

Neste tipo de texto, quem fala é a mulher e não o homem. O trovador compõe a cantiga, mas o ponto de vista é feminino, mostrando o outro lado do relacionamento amoroso - o sofrimento da mulher à espera do namorado (chamado "amigo"), a dor do amor não correspondido, as saudades, os ciúmes, as confissões da mulher a suas amigas, etc. Os elementos da natureza estão sempre presentes, além de pessoas do ambiente familiar, evidenciando o caráter popular da cantiga de amigo.
Eu-lírico - feminino

Cantigas satíricas

Aqui os trovadores preocupavam-se em denunciar os falsos valores morais vigentes, atingindo todas as classes sociais: senhores feudais, clérigos, povo e até eles próprios.

  •          Cantigas de escárnio - crítica indireta e irônica
  •          Cantigas de maldizer - crítica direta e mais grosseira


A prosa medieval retrata com mais detalhes o ambiente histórico-social desta época. A temática das novelas medievais está ligada à vida dos cavaleiros medievais e também à religião.

A Demanda do Santo Graal é a novela mais importante para a literatura portuguesa. Ela retrata as aventuras dos cavaleiros do Rei Artur em busca do cálice sagrado (Santo Graal). Este cálice conteria o sangue recolhido por José de Arimatéia, quando Cristo estava crucificado. Esta busca (demanda) é repleta de simbolismo religioso, e o valoroso cavaleiro Galaaz consegue o cálice.

 Fonte: Grau 10

Dia da poesia
by Natassia in Assuntos: , , , , , , ,


Poesia é uma forma de se expressar e transmitir sentimentos, emoções e pensamentos.

Antigamente, as poesias eram cantadas, acompanhadas pela lira, um instrumento musical muito comum na Grécia antiga.

Por isto, diz-se que a poesia pertence ao gênero lírico.

A poesia ganhou um dia específico, sendo este criado em homenagem ao poeta brasileiro Antônio Frederico de Castro Alves (1847-1871), no dia de seu nascimento, 14 de março.

Castro Alves ficou conhecido como o “poeta dos escravos”, pois lutou grandemente pela abolição da escravidão. Além disso, era um grande defensor do sistema republicano de governo, onde o povo elege seu presidente através do voto direto e secreto.

Sua indignação quanto ao preconceito racial ficou registrada na poesia “Navio Negreiro”, chegando a fazer um protesto contra a situação em que viviam os negros. Mas seu primeiro poema que retratava a escravidão foi “A Canção do Africano”, publicado em A Primavera.

Cursou direito na faculdade do Recife e teve grande participação na vida política da Faculdade, nas sociedades estudantis, onde desde cedo recebera calorosas saudações.

Castro Alves era um jovem bonito, esbelto, de pele clara, com uma voz marcante e forte. Sua beleza o fez conquistar a admiração dos homens, mas principalmente as paixões das mulheres, que puderam ser registradas em seus versos, considerados mais tarde como os poemas líricos mais lindos do Brasil.




Segunda Geração Modernista
7 de março de 2012 by Natassia in Assuntos: , , , , ,


Operários (1933) – Tarsila do Amaral



Período marcado por acontecimentos violentos – Crack da Bolsa de Nova Iorque (1929); Revolução Constitucionalista de 1932; Estado Novo (Getúlio Vargas); Segunda Guerra Mundial (bomba atômica)

Poesia: preocupação religiosa e filosófica
Geração mais equilibrada: amadurecimento – tradição x modernidade
·         Consolidação das novas conquistas
·         Temática que tende para o universal
·         Questões sociopolíticas

Três tendências poéticas:
·         Tensão ideológica: presente na obra de CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
·         Poesia de preocupação religiosa e filosófica: Cecília Meireles, Tasso da Silveira, Augusto Frederico Schimidt, Jorge de Lima e Vinícius de Moraes.
·         Poesia de dimensão surrealista: observada na obra de Murilo Mendes

Autores
Na poesia: Augusto Frederico Schmidt (1906-1965); Carlos Drummond de Andrade (1902-1987); Cecília Meireles (1901-1964); Jorge de Lima (1895-1953); Mário Quintana (1906-1994); Murilo Mendes (1901-1975); Vinícius de Moraes (1913-1982).

Na prosa: Álvaro Lins (1912-1970); Cornélio Pena (1896-1958); Cyro dos Anjos (1906-1994); Érico Veríssimo (1905-1975); Graciliano Ramos (1892-1953); Herberto Sales (1917-1999); Jorge Amado (1912-2001); José Américo de Almeida (1887-1957); José Geraldo Vieira (1897-1977); José Lins do Rego (1901-1957); Lúcio Cardoso (1913-1968); Marques Rebelo (1907-1973); Octávio de Faria (1908-1980); Patrícia Galvão (1910-1962); Rachel de Queiroz (1910-2003)


Poemas de Drummond
6 de março de 2012 by Natassia in Assuntos: , , , , , , ,


"Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira."


As sem razões do amor

Eu te amo porque te amo.
Não precisa ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

 Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse>
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.


Lira Romantiquinha

Por que me trancas
o rosto e o sorriso
e assim me arrancas
do paraíso?

por que não queres
deixando o alarme
(ai, Deus: mulheres)
acarinha-me?

Por que cultivas
as sem-perfumes
e agressivas
flores do ciúme?

Acaso ignoras
que te amo tanto,
todas as horas,
já nem sei quanto?

Visto que em suma
é todo teu,
de mais nenhuma
o peito meu?
Anjo sem fé
nas minhas juras
porque é que é
que me angusturas?

Minh’alma chove
frio e tristinho
não te comove
este versinho?

Episódio "Quadrilha"
by Natassia in Assuntos: , , , , , , , , , ,

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