Nossa dor não advém das coisas vividas
17 de agosto de 2012 by Natassia in Assuntos: , , , , ,

Definitivo


Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...

Carlos Drumond de Andrade


100 anos de Jorge Amado
12 de agosto de 2012 by Natassia in Assuntos: , , , , , , , , ,


O escritor Jorge Amado completaria 100 anos no dia 10/08. A data também lembra a colossal obra do baiano, que se mantém viva e atual até hoje.

HÁ CEM ANOS NASCIA JORGE AMADO


Jorge Amado escreveu mais de 30 romances, traduzidos para 49 idiomas. Foi militante comunista até se afastar da ideologia devido às atrocidades stalinistas, porém manteve em sua obra a crítica a desigualdades sociais. Seus livros foram censurados, banidos e até queimados nas ruas e depois aclamados nas salas de aula e na Academia Brasileira de Letras, onde Amado ingressou em 1961.

O escritor colocou em primeiro plano personagens femininas fortes, sensuais e contestadoras. Trouxe uma literatura sensorial - repleta de cheiros e sabores - aliada a um olhar afiado para os costumes regionais. A força de sua obra extrapolou a literatura para se tornarem alguns dos maiores sucessos da cinema e teledramaturgia nacional.

Ele exacerbou em sua obra a miscigenação e o sincretismo religioso, o que ajudou para que em 1959 recebesse um dos mais altos títulos do candomblé. Apesar das inúmeras premiações que recebeu, Jorge Amado dizia que se orgulhava mais das do candomblé.


Foto 4 de 10 - Dez livros para entender Jorge Amado Arte/UOL
A Companhia das Letras começou a publicar as obras de Jorge Amado em 2009 e já lançou quase 40 títulos do autor. “Capitães de Areia” acabou se tornando um dos cinco livros mais vendidos da editora, ultrapassando a marca dos 600 mil exemplares.

A editora planeja mais dois lançamentos ainda para agosto deste ano. “Bahia de Todos os Santos” é uma espécie de guia de Salvador pelos olhos de Amado. Escrito originalmente em 1944, ele foi sendo atualizado ao longo dos anos conforme a cidade se modificava até uma última versão em 1986. Já “Toda a Saudade do Mundo” reúne correspondências entre Amado e sua esposa, a escritora Zélia Gattai.
“Humilde e humano”

Se o escritor deixa saudade em milhões impactados por sua obra, quem mais sente falta são os amigos, como o ator e amigo de Jorge Amado Cláudio Cavalcanti, que viveu João Magalhães na adaptação de 1981 de “Terras do Sem-Fim”.

“Como todo homem da minha geração, a paixão com Jorge Amado começou com ‘Capitães da Areia’. Depois li quase todos os livros dele”, disse Cavalcanti ao UOL. “Depois tive o prazer de me tornar amigo dele. Ele era ao mesmo tempo de uma enorme humildade e de uma enorme humanidade”, completou Cavalcanti.

Fonte: UOL Entretenimento

Oficina Celacom 2012: "Educação às mídias e pelas mídias: uma interface possível"
6 de agosto de 2012 by Natassia in Assuntos: , , ,

Plano de Aula


Atividade: Análise da linguagem empregada em propagandas e charges sobre os Jogos Olímpicos: comparação com os Jogos de Londres (2012) e Rio de Janeiro (2016).

Objetivos: familiarizar os alunos com a linguagem do jornalismo impresso, ou digital; desenvolver a leitura crítica de anúncios publicitários, por meio da leitura de elementos da linguagem; comparar o que se veicula sobre o mesmo evento atualmente e o próximo (cediado no Brasil); desenvolver a consciência da situação em que se encontra o nosso país e se terá suporte para cediá-lo.

Conteúdo: apresentação das características da linguagem jornalística; análise textual dos elementos da linguagem das propagandas e das charges; produção de texto dissertativo. Proposta didática interdisciplinar de Língua Portuguesa, Geografia, História e Educação Física.

Público: ciclo dois do Ensino Fundamental (séries finais) e Ensino Médio.

Material necessário: fotos das propagandas e charges (impressas ou publicadas no blog, ou em apresentação de power point).


Desenvolvimento da aula:

1ª. Aula: apresentação das propagandas e dos principais elementos da linguagem jornalística: slogan, logotipo, título, fontes, imagem, cores, pluralidade de idéias, objetividade, gênero informativo etc.
As propagandas serão apresentadas numa sequência proposital: primeiro os anúncios da atual Olimpíada, uma charge criticando a desigualdade de patrocínio e investimento no esporte dos países participantes do evento. Em seguida, os anúncios favorecendo os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e, por último, as charges que criticam a estrutura do país para receber este grande evento, cada uma critica um aspecto (político, social, violência, etc.)

2ª. Aula: aplicação dessa discussão na análise das charges, em comparação com os anúncios publicitários oficiais. Em grupos, os alunos deverão identificar os elementos e, posteriormente, analisar como eles produzem sentido: se está exaltando as qualidades ou se critica algum elemento já de conhecimento prévio, ou não. Caso não tenham o devido conhecimento, poderão discutir com o outro colega, ou realizar uma pesquisa posterior. Eles deverão registrar esta análise para ter argumento na sua futura dissertação.

3ª. Aula: transposição de gêneros. Os alunos deverão produzir textos opinativos, sobre a visão da mídia sobre os próximos Jogos Olímpicos, que serão no Rio de Janeiro. O que a mídia e o próprio aluno esperam do evento. O que deve ser feito, ou melhorado, para o país desenvolver este evento com eficácia.

Critérios de avaliação: Verificar : envolvimento; aplicação dos elementos na análise e o nível de argumentação, além das questões linguísticas do texto dissertativo.


Responsável: Natassia Contrera (Aluna de Especialização em Ensino de Línguas Estrangeiras)